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Cidade e República

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"Cidade e República"
José Borzacchiello da Silva
14 Nov 2009 - 20h19min

``Muito prazer: sou cidadão de uma República chamada Brasil``. Este é o tema do II Concurso de Redação, para alunos do ensino médio das escolas da rede pública dos Estados e do Distrito Federal. Promovido pelo Senado Federal, em comemoração aos 120 anos da Proclamação da República no Brasil, o evento conta com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Educação, do MEC e das Secretarias de Estado da Educação do País. As comemorações dos 120 anos do Brasil republicano buscam promover o debate sobre a responsabilidade de cada indivíduo no exercício da cidadania, em suas múltiplas formas, no cotidiano. A República, forma de governo caracterizada pela eletividade e pela temporariedade dos mandatos do chefe do Executivo é diferente da forma anterior, a Monarquia, fundada no princípio do exercício do poder vitalício e hereditário. República, do latim Res publica, ``coisa pública``, é uma forma de governo realizada, na maioria das vezes, pelo voto livre.

Em seus primórdios, o ideal republicano repercutiu na cidade na lógica da modernização e do progresso. As primeiras reformas urbanas tinham a cidade como vitrine, um testemunho de novos tempos, revelando uma sociedade democrática, livre da escravatura e aberta para o mundo. Neste contexto da história brasileira, o Rio de Janeiro, capital da recém criada República, engalanada parcialmente, tornou-se lugar de excelência da acumulação. Nesta direção, as poucas cidades do país, adquiriam fórum de lugar de trocas e de liberdades, mesmo que embrionário, conforme o ideário da República, pautado na dimensão do direito e manifestação da vontade política. Malgrado o discurso, a cidade republicana nasce e permanece desigual. As levas de negros libertos pós 1888, buscaram nas cidades melhores condições de sobrevivência. Os sintomas da incapacidade do Estado em conter a situação de precariedade das cidades brasileiras na perspectiva da injustiça e da desigualdade de direitos provocam um grande incômodo com intensa discussão política e organização e mobilização social de toda ordem. Chega-se aos 120 anos de República sem que a vontade popular prevaleça face à multiplicidade de problemas agravados com as questões ambientais, especialmente, aquelas ligadas ao saneamento básico que acirram o quadro de desigualdade social e penalizam os mais pobres. Diante da situação, a sociedade brasileira busca no texto constitucional os fundamentos que garantiram a incorporação do Estatuto da Cidade no bojo da luta pela Reforma Urbana, reacendendo o desejo coletivo ao direito à cidade, fazendo-a mais justa e democrática.

Independente da constatação da dimensão do direito pautado num fiel quadro da realidade brasileira, só depois de 11 anos de discussões e negociações o Congresso aprovou a Lei 10.257 de 10 de junho de 2001, mais conhecida como Estatuto da Cidade, conforme o capítulo da política urbana da Constituição de 1988, definindo princípios e objetivos, diretrizes de ação e instrumentos de gestão urbana a serem utilizados, principalmente, pelo Poder Público municipal. A Lei contém instrumentos jurídicos de controle da especulação imobiliária, capazes, ao menos, de atenuar o caos generalizado nas cidades brasileiras. A retomada da discussão em torno da Reforma Urbana, trouxe à tona itens que compõem a pauta de demandas sociais reprimidas, que evidenciam a necessidade de se realizar uma releitura da cidade e do uso do solo urbano, auspiciando sua redefinição, concebendo-a enquanto ambiente e, buscando nela, um novo sentido para a vida gregária.

Os instrumentos urbanísticos contidos no Estatuto como os tributários & IPTU & Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo para as áreas ociosas; os jurídicos & edificação compulsória, desapropriação, discriminação das terras públicas e regularização de loteamentos ilegais e áreas faveladas; os urbanísticos & criação de zonas especiais de investimentos públicos e maiores exigências para aprovação dos loteamentos e a Participação Popular, com mecanismos como emendas populares que podem ser apresentadas no âmbito do Legislativo e dos Conselhos Municipais instituídos em várias prefeituras do país, onde a sociedade civil participa, através de seus representantes, na definição dos Planos Diretores.

O ideal republicano, nesses 120 anos assumiria nova significação se os preceitos do Estatuto da Cidade fossem considerados com meio de legitimação de uma sociedade realmente democrática.

José Borzacchiello da Silva - Geógrafo e professor da UFC
borza@secrel.com.br
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Curtas e Diretas

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Paz na Pajuçara

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“PAZ NA
PAJUÇARA”


A reunião do “Ceará de Paz” de outubro foi na Pajuçara.
A reunião de novembro será, também, na Pajuçara.

DIVULGUE! PARTICIPE!

Dia: 29/11/2009
Horário: 14 às 17 horas
Local: E.M.E.F. Luis Gonzaga Santos
Rua Pedro Batista, nº 10 – Boa Esperança – Pajuçara – Maracanaú/Ce.





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Em Defesa das Liberdades

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EM DEFESA DAS
LIBERDADES


O atual prefeito de Maracanaú, candidato prometeu mundos e fundos. Entre as muitas e diversificadas promessas estavam:

• Orçamento participativo;
• Eleições para a direção das escolas;

Eleito “esqueceu” o prometido e ainda privatizou o Poder Executivo (Prefeitura), o Poder Legislativo (Câmara), “partidos”...
Aos trabalhadores e trabalhadoras da Prefeitura e seus familiares deu um presente de grego:
• A volta da Previdência Municipal;

O atual governo municipal de Maracanaú está agindo ilegalmente, desrespeitando a Lei maior do Brasil no caso do SUPREMA.
A Constituição da República Federativa do Brasil em seu artigo 8º preceitua:
“É livre a associação profissional ou sindical...”
Em audiência – 06.11.2009 – na Justiça do Trabalho um procurador da prefeitura por desconhecer a Constituição ou por outro motivo qualquer tentou usar a Carta Magna para justificar a medida fascista do prefeito...
Nomeados(as) por indicação clientelista de empresários, membros do Poder Judiciário /Ministério Público... os procuradores não têm como bússola os princípios do Estado Democrático de Direito da Constituição e se omitem na luta contra a corrupção, chegando inclusive a subscreverem medidas fascistas, como esta contra o SUPREMA...
Os fatos estão a demonstrar que precisamos de concurso em Maracanaú, principalmente para procurador da prefeitura.
O Poder Legislativo precisa, também, respeitar a Constituição e realizar concurso...
Precisamos articular a luta para que cesse, imediatamente, as perseguições ao SUPREMA. Luta que deve ser liderada, principalmente, pelos(as) sindicalistas do segmento estatal.
Liberdade sindical é um direito assegurado na Constituição de 88. Direito não se negocia, exige-se o seu respeito, cumprimento.
A perseguição fascista começa pelos combativos, mas não ficam só neles...

Vamos dar um basta, antes que seja tarde!

Maracanaú, 09 de novembro de 2009

Militantes do PPS
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GAP

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GRUPOS DE AMIGOS
E AMIGAS DA
PAJUÇARA (GAP)

Convite

O Grupo de Amigos e Amigas da Pajuçara convida para a segunda Reunião do “Ceará de Paz” na Pajuçara.
A primeira reunião do “Ceará de Paz” aconteceu no dia 25.10.2009. A reunião foi coordenada pela Juíza Maria das Graças Almeida de Quental e teve a participação do Secretário Roberto Monteiro. O secretário da reunião foi Agnor Gurgel Jr.
Participaram, também, o coordenador do MAP Zequinha do Pirambu, o advogado Paiva Dantas, Ilda Angélica, Profa. Verônica (Núcleo Gestor do Luiz Gonzaga), militantes do PPS, Fátima do Conjunto Palmeiras, Pastor Milton, Edmundo da Cidade Nova...
Na segunda reunião do Ceará de Paz será constituído um núcleo do “Ceará de Paz”, em Maracanaú.
O “Ceará de Paz” trabalha a construção da “Paz fruto da Justiça”.
Conclamamos as lideranças da Pajuçara a trabalharem a superação do personalismo, do individualismo, do imobilismo, da dominação, da intolerância, do sectarismo, determinismo... e se integrarem ao processo de unidade e luta da construção de uma cultura de “Paz fruto da justiça”, na terra de Rodolfo Teófilo.
O Grupo de Amigos e Amigas da Pajuçara (GAP) está trabalhando a construção de um programa mínimo de cultura de paz que contemple atividades / procedimentos imediatos, de curto, médio e longo prazos...

Imediato:

• Funcionamento, já! Da casa de Rodolfo Teófilo;
• Abertura da biblioteca à noite, sábados, domingos e feriados;
• Calendário de eventos culturais, de lazer e esportivos.
• Eventos ecumênicos;
• Eventos conjuntos das escolas;
• Semana dos direitos humanos, com foco no Dia Internacional dos Direitos Humanos;
• Debates;
• Shows;
• Cantorias;
• Cordéis;
• Atos de solidariedade;
• Ações de conciliação;
• Aniversariantes da semana, do mês...


DATA: 29/11/2009 (DOMINGO)
LOCAL: EMEF LUÍS GONZAGA SANTOS
Rua Pedro Batista, 01 – Pajuçara – Fone: 3131.6243
HORÁRIO:14:00h às 17:00h.
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Convite

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Convite

A Fundação Astrojildo Pereira e a coordenadoria de políticas de Promoção da Igualdade Racial (COPPIR) da Prefeitura Municipal de Fortaleza convidam para o lançamento do livro “Memorial dos Palmares”, de Ivan Alves Filho.
A obra traz a epopéia do Quilombo dos Palmares, primeiro registro no Brasil da luta de classes, além de delimitar elementos de grande modernidade, entre as quais a batalha contra o racismo e o combate à propriedade latifundiária, “questão até hoje ainda não resolvida no nosso país!”.
O evento acontecerá dia 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra).

Horário: 16 horas
Local: Casa Branca Parque da Liberdade (Antiga Cidade da Criança)

DIVULGUE! PARTICIPE!

Ivan Lins é autor de “Brasil, 500 anos em documentos”, que reúne centenas de textos fundamentais para o entendimento do Brasil. Mais da metade deles – devidamente contextualizados pelo autor – dizem respeito ao período republicano. Dessa minuciosa seleção, que começa com a Carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundador do país, se destacam também os referentes à proclamação da República, ao Encilhamento e Canudos.

Vá e leve um amigo e uma amiga ou uma amiga e um amigo!
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Mulheres do PPS divulgam nota contra expulsão de aluna da Uniban

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Mulheres do PPS divulgam nota contra expulsão de aluna da Uniban
Mulheres do PPS divulgam nota contra expulsão de aluna da UnibanPor: Da RedaçãoA Coordenação Nacional de Mulheres do PPS divulgou nota neste domingo contra a decisão da Uniban (Universidade Bandeirantes), de São Bernardo do Campo-SP, de expulsar a aluna Geyse Aruda por ela ter usado vestido curto no recinto da universidade.A nota condena a atitude autoritária da Uniban e conclama o Ministério Público e a OAB, dentre outras instituições democráticas, a tomarem "as devidas providências contra este ato de intolerância e de desrespeito às liberdades individuais". Leia abaixo a íntegra da nota"Contra a intolerância – O Caso Uniban"Manifestamos com indignação a violência que alunos da Universidade Bandeirantes – Uniban (São Bernardo do Campo-SP) praticaram contra a aluna Geyse Arruda, por ter usado vestido curto no recinto daquela universidade.Qual não foi o nosso espanto com a notícia da decisão da Uniban pela expulsão da referida aluna em face do ocorrido, com a alegação de que a "estudante provocou os colegas causando tumulto".O mais grave é que o caráter autoritário daquela entidade, quiçá com a concordância do seu corpo docente, endossa uma postura de intolerância demonstrada por parte dos alunos, ao invés de se constituir num espaço fomentador de valores democráticos, do exercício da liberdade e do respeito às diferenças e não estimulador da intransigência e da violência.Esperamos que as instituições como o Ministério Público, a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres/Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, a Secretaria de Direitos Humanos, o Ministério da Educação, a OAB tomem as devidas providências contra este ato de intolerância e de desrespeito às liberdades individuais.Tereza VitaleCoordenação Nacional de Mulheres do PPS"
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Mulheres do PPS divulgam nota contra expulsão de aluna da Uniban

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09/11/2009
Mulheres do PPS divulgam nota contra expulsão de aluna da UnibanPor: Da Redação
A Coordenação Nacional de Mulheres do PPS divulgou nota neste domingo contra a decisão da Uniban (Universidade Bandeirantes), de São Bernardo do Campo-SP, de expulsar a aluna Geyse Aruda por ela ter usado vestido curto no recinto da universidade.
A nota condena a atitude autoritária da Uniban e conclama o Ministério Público e a OAB, dentre outras instituições democráticas, a tomarem "as devidas providências contra este ato de intolerância e de desrespeito às liberdades individuais". Leia abaixo a íntegra da nota
"Contra a intolerância – O Caso Uniban"Manifestamos com indignação a violência que alunos da Universidade Bandeirantes – Uniban (São Bernardo do Campo-SP) praticaram contra a aluna Geyse Arruda, por ter usado vestido curto no recinto daquela universidade.Qual não foi o nosso espanto com a notícia da decisão da Uniban pela expulsão da referida aluna em face do ocorrido, com a alegação de que a "estudante provocou os colegas causando tumulto".O mais grave é que o caráter autoritário daquela entidade, quiçá com a concordância do seu corpo docente, endossa uma postura de intolerância demonstrada por parte dos alunos, ao invés de se constituir num espaço fomentador de valores democráticos, do exercício da liberdade e do respeito às diferenças e não estimulador da intransigência e da violência.Esperamos que as instituições como o Ministério Público, a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres/Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, a Secretaria de Direitos Humanos, o Ministério da Educação, a OAB tomem as devidas providências contra este ato de intolerância e de desrespeito às liberdades individuais.Tereza Vitale
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Mulheres do PPS divulgam nota contra expulsão de aluna da Uniban

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09/11/2009
Mulheres do PPS divulgam nota contra expulsão de aluna da UnibanPor: Da Redação
A Coordenação Nacional de Mulheres do PPS divulgou nota neste domingo contra a decisão da Uniban (Universidade Bandeirantes), de São Bernardo do Campo-SP, de expulsar a aluna Geyse Aruda por ela ter usado vestido curto no recinto da universidade.
A nota condena a atitude autoritária da Uniban e conclama o Ministério Público e a OAB, dentre outras instituições democráticas, a tomarem "as devidas providências contra este ato de intolerância e de desrespeito às liberdades individuais". Leia abaixo a íntegra da nota
"Contra a intolerância – O Caso Uniban"Manifestamos com indignação a violência que alunos da Universidade Bandeirantes – Uniban (São Bernardo do Campo-SP) praticaram contra a aluna Geyse Arruda, por ter usado vestido curto no recinto daquela universidade.Qual não foi o nosso espanto com a notícia da decisão da Uniban pela expulsão da referida aluna em face do ocorrido, com a alegação de que a "estudante provocou os colegas causando tumulto".O mais grave é que o caráter autoritário daquela entidade, quiçá com a concordância do seu corpo docente, endossa uma postura de intolerância demonstrada por parte dos alunos, ao invés de se constituir num espaço fomentador de valores democráticos, do exercício da liberdade e do respeito às diferenças e não estimulador da intransigência e da violência.Esperamos que as instituições como o Ministério Público, a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres/Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, a Secretaria de Direitos Humanos, o Ministério da Educação, a OAB tomem as devidas providências contra este ato de intolerância e de desrespeito às liberdades individuais.Tereza Vitale
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Leonel Brizola

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é...




Neno Cavalcante" O PT é como uma galinha que cacareja para esquerda, mas põe os ovos para a direita".Leonel Brizola
Brasileiro
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A Cultura da não-aula

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Artigo
A cultura da não-aula
André Haguette31 Out 2009 - 21h12min
Fui gentilmente convidado para participar de uma reunião de reflexão sobre os resultados do Paic (Programa Alfabetização na Idade Certa) que a secretaria de Educação do Estado e municípios cearenses desenvolvem. A meta do programa é singela, mas revolucionária no Ceará e no Brasil: alfabetizar as crianças aos sete anos, no final, portanto, da 2ª série do ensino fundamental. Essa meta, é bem verdade, é bastante conservadora para crianças da classe média alta que frequentam escolas particulares de ponta. A família já se encarrega da alfabetização desde os quatro anos de idade. Mas, como todos nós sabemos, a meta é audaciosa, mas realista, para crianças da escola pública que não encontram o necessário apoio psicológico e intelectual nem em casa nem na escola. Sabe-se que nossa escola pública produz uma enormidade de crianças analfabetas: entre crianças com nove anos e que estão na escola, o índice de analfabetismo absoluto é de 7%. O analfabetismo é exclusivo de famílias com renda de até dois salários mínimos per capita e ocorre muito mais no Nordeste (15%) que no Sul (2%). Como se vê, o problema não é de deficiência intelectual, mais consequência de deficiência econômico e social, portanto é reversível. E quais são os resultados do Paic em dois anos de execução? Para fins de avaliação e análise foram estabelecidos cinco níveis de competência: desejável, suficiente, intermediário, alfabetização incompleta, não alfabetizado. A péssima notícia é que somente 30,8% das nossas crianças atingiram, em 2008, o nível desejável e 20% das crianças continuam não alfabetizadas. Os piores resultados ocorrem em escolas multisseriadas localizadas em lugar de difícil acesso. A boa notícia é que em dois anos do projeto houve uma melhoria; a proficiência média dos alunos passou de 118,9 pontos para 127,8 pontos. É pouco, mas é um progresso. Boa nova também é que nove municípios atingiram o conceito desejável na média geral de seus alunos: Cruz, deputado Irapuan Pinheiro, Groaíras, Independência, Itaiçaba, Jijoca de Jericoacoara, Mucambo, São Gonçalo do Amarante e Sobral. O resultado mais alvissareiro, todavia, é que dois municípios, Abaiara e Mauriti, conseguiram passar do pior nível (não alfabetizado) para o primeiro, desejável, e isso em apenas umano. O que 11 municípios podem fazer por que os outros não poderiam, inclusive Fortaleza que continua marcando passo? Mas o que mais me impressionou nesse encontro foi o diagnóstico unânime dos responsáveis pelo programa, pessoas competentes, dedicadas e informadas, já que visitam regularmente os municípios. Para eles, o grande obstáculo à alfabetização das crianças é, como conceituou uma delas, “a cultura da não-aula” e uma das interrogações mais cruéis é: que estratégias são necessárias adotar para o cumprimento efetivo dos 200 dias letivos e das quatro horas pedagógicas diárias nas escolas? Como reverter uma situação em que o tempo letivo não é respeitado por ninguém, nem prefeitos, nem secretários de educação, nem pais, diretores, professores e nem o ministério público. A cultura é de não ter ou não dar aulas e ninguém se incomoda com isso, ninguém reclama e ninguém é punido. O que aconteceria se uma escola privada passasse a ter somente duas horas de aula por dia? Como alfabetizar se há pouco tempo pedagógica na sala de aula? Um dos participantes da reunião, o professor Joan Edesson, chegou a fazer uma proposta, diz ele, revolucionária: “Eu defendo a ampliação da jornada escolar para quatro horas por dia e 200 dias ao ano” (e eu, que defendo a jornada escolar de dois turnos, fiquei calado, entendendo que de fato seria uma revolução se a escola pública fundamental e média ensinasse quatro horas por dia, durante 200 dias por ano. É lei. Deve ser cumprida. Contra ela, há toda uma cultura generalizada de não-aula. O Paic acerta, também, quando trabalha para construir uma cultura de gestão escolar focada nos resultados da aprendizagem, com metas coletivamente tomadas em cada município e cada escola. O fato é que: sim, as crianças podem ser alfabetizadas aos sete anos e os municípios podem alfabetizá-las até o final da 2ª série. Basta querer e tomar as medidas necessárias. ANDRÉ HAGUETTE Sociólogo haguette@superig.com.br
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EQUÍVOCOS DO AFONSO

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EQUÍVOCOS DO
AFONSO

No “Povo” – 28/10/2009 – podemos ler no Painel do leitor um texto de Afonso Vieira Lino Filho abordando a problemática da violência, que chegou ao Jari.
Na nossa concepção, Afonso incorre em dois equívocos.
O primeiro – e mais grave – é atribuir os problemas sociais às indefinições de limites...
O segundo é entender que com a saturação da Política Militar e projetos sociais das Prefeituras de Fortaleza e Maracanaú a paz voltará ao Jari.
Pior do que os equívocos do Afonso é a intolerância, o preconceito, a exclusão expressa na frase “Famílias de bem”.

Maracanaú, 28 de outubro de 2009
Cândido Pinheiro Pereira

Parque Jari
28 Out 2009 - 01h35min
Nas últimas semanas de reportagens no O POVO constatamos que nosso bairro do Parque Jari tem ganhado dimensão estadual devido à onda de violência e de fatos que perturbam a paz das famílias. Casos de execução e, por último, uma quadrilha que atirou em jovem policial da CPRV demonstra que algumas ações por parte do poder público devem ser realizadas com urgência. Moro há 30 anos no Jari e nossa necessidade de solucionar alguns problemas sociais inicia com a própria demarcação territorial do bairro inserido em Maracanaú e Fortaleza. Essa problemática da localização afeta na ausência de equipamentos sociais, tanto da parte de Maracanaú, como Fortaleza.O abandono é caracterizado pela escuridão à noite contemplada pela linha férrea ,que corta o bairro o deixando morto e dividido. A média é de um ônibus por semana assaltado. Observamos que o Parque Jari está começando a ser uma nova Pajuçara e pedimos aqui, à Polícia Militar uma ação de saturação no bairro paralelo a uma intervenção de Projetos Sociais das Prefeituras de Fortaleza e Maracanaú para que assim possamos ter o Jari como antes: paz e famílias de bem. AFONSO VIEIRA LINO FILHO Maracanaú-CE
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