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Seca: controle das operações pela sociedade civil organizada

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EDITORIAL 28/11/2012/ OPINIÃO
PÁGINA 6 - O POVO 
 
 

Seca: controle das operações pela sociedade civil organizada

 

Enfrentar a eclosão de uma seca tem sido o maior problema com que se defrontam os habitantes do Ceará 

A declaração de que está havendo desperdício de água potável da Operação Carro-Pipa, feita pelos representantes da Secretaria Nacional da Defesa Civil durante reunião do Comitê Integrado de Combate à Estiagem no Estado, reforça a necessidade de um monitoramento mais eficaz das operações destinadas a socorrer os atingidos pela estiagem. É imperativa a constituição de comitês da sociedade civil organizada, nos municípios, para acompanhar
cada procedimento.
 
Enfrentar a eclosão de uma seca tem sido o maior problema com que se defrontam os habitantes do Ceará (e do semiárido brasileiro em geral) desde os primórdios da colonização. Apesar de o conceito “combate à seca” estar sendo substituído pelo de “convivência com a seca”, a realidade é que a visão tradicional ainda resiste, tanto por parte do poder público, como da própria sociedade civil. Ela se traduz na improvisação das ações pontuais, reativas, do que em uma política efetiva de prevenção a largo prazo.
 
Certo, houve avanço na logística emergencial e, mesmo, em termos de incentivo à utilização de tecnologias apropriadas ao sequeiro (uso correto do solo, seleção de culturas agrícolas apropriadas e de melhoramento genético para a obtenção de animais mais resistentes ao clima hostil, manejo da caatinga, além de assistência técnica e recursos creditícios). Mas, tudo ainda é muito incipiente. Cabe ao poder público liderar esse processo, mas, sempre abrindo espaço para que a sociedade civil seja não só ouvida, mas participe de todo o processo, desde o planejamento até a tomada de decisão, fazendo o monitoramento das ações em cada município, sobretudo, do uso do dinheiro público.
 
Para isso, devem ser formados conselhos ou comitês gestores com a participação dos organismos vivos da sociedade local, principalmente as pastorais eclesiais e os sindicatos rurais. Dessa forma, será possível exercer maior controle sobre a eficácia das ações e contra as possibilidades de corrupção. Esquemas de distribuição de água por carros-pipa (mas não só isso), por exemplo, sempre foram historicamente vulneráveis a investidas dessa ordem. Com o controle exercido pela sociedade civil organizada tais desvios serão mais eficazmente contidos. É hora de democracia participativa.
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Transexuais, travestis & preconceito

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 WALCYR CARRASCO

 

Transexuais, travestis & preconceito

 

Uma noite, há muitos anos, conheci o travesti Rogéria na casa de um amigo. Eu morria de vontade de fazer perguntas sobre sua vida, como todos os outros na sala. Mas ninguém queria ser indelicado. Até que uma atriz, famosa na época, pediu:
– Eu posso apertar seu seio? Queria saber como é.
Simpática, Rogéria concordou. A atriz espetou o dedo. E disse:
– É igual o de qualquer mulher que bota silicone.
Que novidade! Silicone é silicone. Veio a descontração. Conversamos durante horas. Rogéria falou sobre sua vida, de maneira fascinante. Era, então, o único travesti celebridade, que fez até novela de televisão. Mais tarde, Roberta Close teve seu momento. Fez sucesso até na capa da revista Playboy. Francamente, nunca entendi por que se tornou um padrão de beleza feminina. Certa vez a conheci num restaurante frequentado pela classe teatral. Tinha mãos enormes, pés idem. Alta. Um homão!
Embora um ou outro travesti ou transexual se destacasse, era sempre uma curiosidade. Na vida artística há sempre uma prateleira para o exótico, e era lá, no máximo, que eles ficavam. A maioria absoluta vivia de prostituição. Aos poucos, algo está mudando. Travestis e transexuais começam a integrar-se no mercado de trabalho. Há alguns anos, um amigo me contou sobre um travesti aprovado num concurso público. Ao apresentar-se, veio o grande problema da repartição: que banheiro usaria? Enquanto héteros se digladiavam, ela assumiu tranquilamente seu posto. (Entre nós, a questão do banheiro é discutida até hoje!)
Na vida artística, eles ficavam na prateleira do exótico. Hoje, se integram aos poucos ao mercado de trabalho 
O maior exemplo de sucesso atual é a modelo trans Lea T., nascida Leandro. Criada na Itália, quando seu pai, o ex-jogador Toninho Cerezzo, jogava por lá, ocupa um glamouroso lugar na alta moda internacional. Fez campanhas para a grife Givenchy, posou para a Vogue, deu entrevista para Oprah Winfrey, desfilou na última Semana da Moda de Milão. O exigente mundo fashion a aceita plenamente. Aqui no Brasil, pela primeira vez, neste ano, um travesti conquistou o doutorado. Foi Luma Oliveira, na Universidade Federal do Ceará. Filha da agricultores paupérrimos, Luma conseguiu estudar, trabalhou como professora e agora prepara-se para o pós-doutorado. As últimas eleições trouxeram surpresas. Em Piracicaba, interior de São Paulo, o travesti Madalena elegeu-se vereadora com a segunda maior votação da cidade, pelo PSDB. Cozinheira e faxineira, Madalena também é líder comunitária de seu bairro. Carla Ziper também foi eleita vereadora em Presidente Venceslau, São Paulo, pelo PDT. É professora do ensino médio, tem formação superior e em sua plataforma eleitoral pretende “gerar empregos”. Ambas seguem o caminho aberto por Katia Tapety, primeiro travesti eleito como vereadora, em 1992, na cidade de Colônia do Piauí, a 388 quilômetros de Teresina. Katia foi vice-prefeita em 2004. Já mereceu um filme contando sua vida.
Travestis e transexuais são diferentes em essência. Transexuais sentem ter nascido num corpo “errado”. O ato de se travestir implica não perder a identidade masculina. O travesti pode ter corpo de mulher, mas não quer se “operar” e perder o pênis. A dificuldade de aceitação tanto de um como de outro é enorme. Muitos pais de classe média e alta expulsam filhos ao descobrir sua identidade. A própria Katia Tapety foi “escondida” em casa até a adolescência. No mercado internacional de filmes pornô, o Brasil é um grande fornecedor de títulos com “bonecas”, como afirma o livro Nas redes do sexo, de Maria Elvira Diaz-Benitez. O sucesso dos travestis nacionais tem um motivo cruel. Garotos de lares de baixa renda tomam hormônios no início da adolescência. Saem para as ruas cedo e até sustentam a família. Os hormônios precoces estimulam o desenvolvimento de traços femininos, fato que não ocorre em países com melhor proteção ao menor.
Os próprios travestis e transexuais já se organizam. Bárbara Aires chegou a diretora da Associação de Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (Astra). Prostituía-se para viver. Neste ano, conseguiu trabalho como produtora no programa Amor&Sexo, da TV Globo. Mudou de vida. E lidera a luta pela abertura de oportunidades de trabalho. Acredito que travestis e transexuais ocuparão, em tempo relativamente curto, empregos como qualquer outra pessoa. É um preconceito que começa a acabar. Por enquanto, o movimento é tímido. Mas não é assim que se iniciam as grandes transformações?

 ÉPOCA- 26/11/12

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A prudência de “Dilma, la fuerte”

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EUGÊNIO BUCCI é jornalista e professor da ECA-USP (Foto: Camila Fontana)

 EUGÊNIO BUCCI

 

A prudência de “Dilma, la fuerte”

O apelido vai pegar. A política não é bem uma “guerra das estrelas”, mas, hoje, ela tem a força


O diário espanhol El País chamou a presidente brasileira de “a forte”. Em tom de aplauso. O novo apelido apareceu com destaque na edição de domingo passado, na chamada para uma longa entrevista. Dilma não deixa por menos. Logo de cara, condena o receituário de aperto com que o FMI castiga a Europa. O resultado será uma “recessão brutal”. E prossegue: “Nós já vivemos isso (no Brasil). O FMI nos impôs um processo que chamaram de ajuste, e que agora chamam de austeridade. Tínhamos de cortar todos os gastos e investimentos. (...) Esse modelo levou à quebra de quase toda a América Latina nos anos 1980. As políticas de ajustes, por si mesmas, não resolvem nada”.
O entrevistador se encanta: “Ela fala com convicção, fazendo gestos expressivos, indicando o caminho a seguir. É todo o seu corpo que protesta contra o que está passando do outro lado do Atlântico. Penso que, se já não houvesse na história uma Dama de Ferro (foi com esse título que a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher ganhou celebridade), talvez alguém quisesse conferir esse título a Dilma”. A partir daí, lembrando que a imprensa internacional considera a presidente brasileira uma das três mulheres mais poderosas do mundo – superada apenas por Angela Merkel, da Alemanha, e por Hillary Clinton, a secretária de Estado americana –, o jornalista a batiza: La fuerte.


ÉPOCA- 26/11/12
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O preconceito de cor não tira dia de descanso

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opinião/ ÉPOCA


 ALBERTO CARLOS ALMEIDA

O preconceito de cor não tira dia de descanso

Nós, brasileiros, não temos preconceito de raça, mas de cor. Cotas deveriam ser para “pretos” e “pardos”

 

Não há raça no Brasil e, portanto, não há racismo. No Brasil, há cor e preconceito de cor. Oficialmente nós, brasileiros, somos classificados entre “brancos”, “pretos”, “pardos”, “índios” e “amarelos”. O IBGE pergunta com essas palavras em suas pesquisas. É o que está escrito em nossa certidão de nascimento. A classificação oficial não é assim à toa. Foi debatida, criticada, defendida e aperfeiçoada por décadas. Mudanças importantes ocorreram. Já houve o tempo em que “pardo” não era “pardo”, era “amarelo”.
Ela revela sobre nós, brasileiros, que, diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, não nos vemos como raça, mas como cor. O que importa aqui é a cor de pele. Em que pese o esforço do movimento negro para reunir cores diferentes sob a denominação única de “negro”, não é assim que os brasileiros se veem. O Brasil não é EUA. Aqui existe o “preto que, de tão preto, é azul”, existe o “preto desbotado”, existe o “moreno” (que não é “preto”), existe o “sarará” e existem muitas outras cores. Nós, brasileiros, vemos inúmeras variações entre os dois extremos, entre o “branco” e o “preto”.
É difícil para uma sociedade admitir que ela é preconceituosa. E o Brasil é. Há, no Brasil, preconceito de cor contra “pardos” e “pretos”. Admitir isso é o mesmo que se olhar no espelho e ver um pequeno defeito no rosto, algo que venha a ferir sua autoestima por lhe fazer menos bonito do que você imaginava ser. Somos, como sociedade, menos bonitos do que imaginávamos, porque criamos barreira para “pardos” e “pretos” baseada em sua cor de pele.
SEM AMBIGUIDADE Manifestantes celebram em São Paulo o Dia da Consciência Negra. Tornou-se comum negar o preconceito, dizendo que ele é social. As pesquisas mostram que o negro pobre sofre mais que o branco pobre (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)

 

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O DINHEIRO É NOSSO!

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O DINHEIRO É NOSSO!


Os economistas “ensinam” que:
Não há jantar grátis...”
O dinheiro gasto – e até desviam (corrupção) – é seu, é meu, é nosso...
Evitar que continuem roubando
o nosso dinheiro é preciso! Faça sua parte!
Quarta-feira (28/11/2012) haverá audiência sobre o
“orçamento da Cidade Industrial do Ceará”.



DIVULGUE! PARTICIPE!
Bom seria que tivéssemos “Orçamento Participativo”
ou Governança Democrática”, mas...
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Será que estamos em guerra?

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O POVO/ Opinião
20/11/2012

SAÚDE  

Será que estamos em guerra?




"Na Constituição federal, saúde é um direito de todos e dever do Estado"

Filmes que relatam o socorro às vítimas de guerra ou de catástrofes mostram um amontoado de pacientes atendidos pelo mais grave e/ou risco eminente de morte. Não estamos em guerra, mas os pacientes que chegam ao Hospital Geral de Fortaleza estão sendo atendidos assim. Depois da avaliação médica constatada a necessidade de internação, o paciente é encaminhados para a unidade de Observação 2, apelidada pelos usuários de “piscinão”.

Ao adentrarmos nesse espaço, temos a sensação de que estamos numa guerra. Um grande salão com uma média de 100 pacientes dia, homens, mulheres, idosos graves, pacientes com problemas neurológicos, com infecções, dispostos lado a lado, em macas altas ou baixas. A distância entre as macas é de aproximadamente 50 cm. Nesse mesmo espaço, pacientes acamados são higienizados sem privacidade. Para quem pode se locomover, há dois banheiros, um masculino, outro feminino, cada um com um único chuveiro e dois sanitários sem portas internas para uso de pacientes e acompanhantes.

Essas condições contrariam todas as normas estabelecidas como seguras desde o século XVIII, quando o hospital tornou-se um espaço terapêutico: separação de pacientes por patologias, não concentração de pacientes em grandes espaços. Cuidados básicos para reduzir as taxas de mortalidade e infecções hospitalares.

E ainda, pacientes que necessitam de pareceres de especialistas ou têm seus procedimentos cirúrgicos ou para diagnóstico, prescritos como urgentes, veem os mesmos adiados, sob o argumento de que chegaram pacientes mais graves.

Na Constituição federal, saúde é um direito de todos e dever do Estado, mas quando é prioritário a formação do superávit primário, favorecer o sistema financeiro e construir obras para a copa, os investimentos e o custeio da saúde pública são secundarizados. Não importam quantos morrerão e/ou ficarão com sequelas mais graves pela demora e/ou condições do atendimento.

Diante de tudo isso, o cidadão comum não se sente sujeito de direito e espera. Alguns procuram estratégias de escapar da tragédia por meio de velhos instrumentos, como o favor ou o clientelismo. O cidadão moderno busca os instrumentos da moderna sociedade capitalista, aciona o Ministério Público, ou o Procon, no caso dos planos e seguros de saúde. É a busca de soluções individuais para problemas coletivos que só poderão ser resolvidos por ações coletivas na luta por seus direitos.

Lucia Conde de Oliveira

conde.lucia@gmail.com
Doutora em saúde coletiva e professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece)



TORNAR REALIDADE "SONHO" DO SUS É PRECISO!


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Além de negro

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O POVO/ Opinião
   20/11/2012

 CONSCIÊNCIA NEGRA

Além de negro

"Mas uma coisa eu posso dizer: apesar de qualquer coisa que pensem sobre mim: além de ser negro, eu sou feliz"


É interessante como todos os dias quem lida com a educação sofre desafios. Eu, por exemplo, tive uma surpresa esses dias que me chamou a atenção. Dando aula como sempre, com minhas brincadeiras que têm o intuito de ensinar e deixar a aula menos chata, fui ofendido numa discussão boba da seguinte forma: “além de ‘nego’, filho da p...”, vocês devem imaginar o restante.

Apesar de o “filho da p...” não ser verdade – para os desinformados minha mãe não saiu da “zona” –, o que mais me ofendeu foi o “além de nego” (entretanto a palavra certa é negro), não porque minha cor seja uma vergonha, pelo contrário, mas por achar que o adjetivo “nego” possa ser uma coisa negativa, isso demonstra o nível de preconceito velado de nossa sociedade que aflora na hora em que se sente ameaçada e, a partir disso, fiquei pensando sobre minha vida e cheguei a algumas conclusões que queria compartilhar com todos sobre o que fui, sobre o que sou e sobre o que serei.

Além de negro, eu nasci pobre. Além de negro, eu fui (e sou) um filho de lavadeira. Além de negro, eu fui (e sou) um filho de carpinteiro. Além de negro, eu andei quilômetros para poder estudar quando eu não tinha dinheiro para pagar a passagem. Além de negro, eu fui servente de pedreiro para poder comprar roupa. Além de negro, eu trabalhei de várias coisas para pagar meu cursinho e tentar passar no vestibular. Além de negro, eu enfrentei tudo para fazer o que eu queria (ser professor). Além de negro, eu sou formado por uma universidade federal (que é o sonho de muitos). Além de negro, eu me tornei professor. Além de negro, eu fiquei gordo. Além de negro, eu passei num concurso público.

Além de negro, eu sou inteligente. Além de negro, eu tento ser uma boa pessoa para todos. Além de negro, eu respeito os outros. Além de negro, eu tento rir de todas as adversidades. Além de negro, eu tento ser responsável. Além de negro, eu tenho irmãos negros, eu tenho mãe negra, eu tenho amigos (e amigos-irmãos) negros, brancos e de todas as cores que um ser humano possa ter. Além de ser negro, eu me acho lindo. Além de ser negro, eu me acho o máximo.

Além de ser negro, eu quero me tornar a melhor pessoa possível. Além de ser negro, eu quero me apaixonar loucamente como se nada importasse. Além de ser negro, eu quero ter uma família linda (sei que isso é difícil, mas não custa tentar).

Além de ser negro, eu poderia dizer milhões de coisas sobre mim (mesmo sabendo que isso depende da forma como as pessoas olham para a pessoa que sou). Mas uma coisa eu posso dizer: apesar de qualquer coisa que pensem sobre mim: além de ser negro, eu sou feliz.

Jonas Rodrigues

simplesjonas@hotmail.com
Professor 
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BRASIL: SEM EXCLUSÃO!

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BRASIL: SEM EXCLUSÃO!


20/11 É DIA ESPECIAL PARA COMEÇARMOS A CONHECER MAIS E MELHOR O BRASIL.
O BRASIL “SURGE” em 1500 com parte do estado português...
Inventaram que negro não tinha alma para justificar a escravidão; e que índios, eram selvagens, para se redimirem do genocídio E DO ETNOCÍDIO dos nativos.
As forças democráticas e de esquerda construímos um operário, e nordestino, presidente do Estado do Brasil...
Ele fez a sua parte?
O NORDESTE DE EUCLIDES DA CUNHA, DE GRACILIANO RAMOS E DE LUÍS GONZAGA PODERIA TER SIDO O NORDESTE DO LULO-PETISMO!
POR QUÊ NÃO FOI?

22/11 JOAQUIM BARBOSA ASUME A PRESIDÊNCIA DO STF E DO CNJ. QUE CONTINUI FAZENDO SUA PARTE!
NÓS, NEGROS E NEGRAS, PRINCIPALMENYE PROFESSORES E PROFESSORAS, PRECISAMOS CONTINUAR/COMEÇAR A FAZER A NOSSA PARTE...
E FAZERMOS A NOSSA PARTE, É RESGATARMOS A POLÍTICA; E PARTICIPARMOS DA CONSTRUÇÃO DE UM BRASIL SEM EXCLUSÃO!



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Governo investe em jornais fictícios

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Nacional

Denúncia/ 12.11.2012
Diário do Nordeste

Governo investe em jornais fictícios

 As cinco publicações beneficiadas inexistem em bancas, não foram cadastradas e são desconhecidas
Brasília. A Presidência da República gastou R$ 135,6 mil para fazer publicidade oficial em cinco jornais de São Paulo que não existem. As publicações fictícias são vinculadas à Laujar Empresa Jornalística S/C Ltda, com sede registrada num imóvel fechado e vazio, em São Bernardo do Campo (SP). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O líder do PPS na Câmara dos Deputados disse que o PT criou o PIF - Partido da Imprensa Fantasma - ao destinar dinheiro a empresas inexistentes FOTO: AG. CÂMARA

Essa empresa aparece em 11º lugar num ranking de 1.132 empresas que, desde o início do governo Dilma Rousseff, receberam recursos públicos da Presidência para veicular propaganda do governo em diários impressos. Embora esteja à frente de empresas responsáveis por publicações de ampla circulação, como o gaúcho "Zero Hora" e o carioca "O Dia", a Laujar não publica nenhum jornal.

Os cinco títulos da empresa beneficiados pela Presidência inexistem em bancas do ABC Paulista, onde supostamente são editados, não são cadastrados em nenhum sindicato de nenhuma categoria do universo editorial e são completamente desconhecidos de jornalistas e jornaleiros da região.

Também não aparecem em cadastros municipais de jornais aptos a fazer publicidade de prefeituras. Além disso, exemplares enviados à Presidência como provas de que as publicações existem contêm sinais de serem forjados.

A Laujar mandou as supostas edições do dia 15 de março do ano passado do "Jornal do ABC Paulista", "O Dia de Guarulhos", "Gazeta de Osasco", "Diário de Cubatão" e ´O Paulistano".

Todas elas têm os mesmos textos - a única diferença é o nome da publicação. Uma das "reportagens" apresentadas contém declarações do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, dadas no próprio dia 15. O que torna impossível a impressão ter ocorrido na data informada.

Na verdade, o texto é uma cópia de uma nota publicada no site da Folha na tarde daquele dia. As impressões têm também um suposto anúncio de meia página da Unimed. A empresa de planos de saúde, no entanto, informou que nunca fez publicidade em nenhum dos "jornais" da empresa Laujar.

Também há registros de pagamentos efetuados pela Caixa Econômica Federal à empresa, mas os valores não foram divulgados pelo banco federal.

Investigação
O PPS vai enviar um requerimento de informações à Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) para saber quais os critérios para a liberação de verba para publicações jornalísticas no País.

"Com tanta perseguição contra a mídia por causa do mensalão, o governo do PT acaba de criar o PIF, Partido da Imprensa Fantasma", disse o líder do PPS, Rubens Bueno.
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Intento

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Opinião/Diário do Nordeste
 Ideias/16.11.2012







Intento





Quero ver se Valério cumprirá a pena mínima necessária à progressão do regime ou, a exemplo de Cacciola, vai se homiziar impune no exterior. Pretendo constatar se de fato esse empresário renitente na empresa de delitos será beneficiado com a delação premiada, por conta da tentativa de imergir Lula no mar de lama que se projeta ao tempo do assassinato de Celso Daniel. Com toda certeza gostaria, e muito, de vivenciar a efetividade das condenações cominadas pelo Supremo aos protagonistas do mensalão. Quero observar, sim, se o momento histórico que atravessamos será capaz de se tornar a centelha que deflagrará, enfim, vigoroso e contínuo combate à corrupção no Brasil. Quero testemunhar por quanto tempo o crime organizado será capaz de intimidar o Estado, enquanto os cidadãos permanecem reféns do medo e da agonia de sair às ruas. Quero assistir no que dá as manobras encetadas em busca de livrar Cachoeira e, a reboque, uma penca de parlamentares e empresários corruptos. Quero contemplar, enfim, a radical mudança ética e moral em nosso País; não pelo ataque a este ou àquele partido, a esta ou àquela ideologia partidária, senão através da efetiva mitigação da corrupção que hoje se infunde e se espraia nas hostes estatais, infirmando as instituições tão gravemente a ponto de esgarçar o tecido social. Não diga que isso é sonho, tampouco que se trata de desairosa utopia a desafiar a nossa realidade. Nada disso! Lembre-se: cabe a todos nós exigir mudança de atitude em relação ao País e à sociedade que pretendemos edificar. E não se demore. Exija isso a partir de ontem. Amanhã, pode ser muito tarde.

Ricardo Memória
promotor de Justiça
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