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TAC garante concurso e atualização de salários em Lavras da Mangabeira

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TAC garante concurso e atualização de salários em Lavras da Mangabeira

Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o prefeito de Lavras da Mangabeira, Gustavo Augusto Lima Bisneto, o Dr. Tavinho, do PDT, e o Ministério Público prevê a realização de um concurso público municipal. Pelo acordo TAC, a Prefeitura tem até 31 de agosto deste ano para realizar e homologar o concurso público, nomeando os aprovados e exonerando todos aqueles que foram contratados temporariamente de forma irregular. 
O município está proibido , ainda, de contratar novos funcionários temporariamente, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 1 mil, que recairá na pessoa física do prefeito, sem prejuízo de outras medidas legais que podem ser adotadas a critério do MP. O documento já vinha sendo estudado pelo Ministério Público com a finalidade de regularizar o quadro de servidores municipais da Prefeitura de Lavras da Mangabeira, que atualmente está com um elevado índice de pessoas contratadas temporariamente, em inobservância à Constituição Federal de 1988.
Os representantes do Ministério Público consideram o TAC importante pelo fato de a contratação de pessoas sem concurso público ser uma prática de anos na prefeitura. Os promotores ressaltam “a sensibilidade” do novo prefeito que compreendeu a necessidade de se adequar à Constituição.
Salários
Um outro TAC foi firmado também com o prefeito de Lavras da Mangabeira para normalizar o pagamento dos servidores públicos, que está em atraso. Pelo documento, o Município poderá parcelar os valores atrasados em até quatro meses, com a primeira parcela a ser paga já no próximo mês de março. 
Caso o acordo seja descumprido, será aplicada uma multa diária no valor de R$ 1 mil, a ser paga pelo próprio prefeito municipal.
(“O Povo” – 27.02.2013, pág. 11)

Por que não fazemos o mesmo noutros municípios, principalmente em Maracanaú?
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A CUBANA & MARACANAÚ

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A CUBANA & MARACANAÚ






A mídia conseguiu ver, e muito bem, como “equivocados(as)” recepcionaram, no Brasil, a blogueira cubana Yoani Sanchez...

Que Bom!

Por quê a mídia local, estadual e nacional não consegue ver a corrupção, as violências e a burla da legalidade na Cidade Industrial do Ceará? “Equivocados(as)”/nazi-fascistas-stalinistas vem fazendo pior, muito pior, em Maracanaú do que fizeram com a blogueira cubana... Caluniam, difamam, agridem fisicamente, demitem concursados e sindicalistas com estabilidade, tentam calar sindicato (SUPREMA) repassando a contribuição sindical para o SISMA...


  • Cooptam lideranças, transformando-as em cabos eleitorais...
  • Usam drogas ilícitas como moeda na “feira de votos”...
  • Usam espaços de ensino-aprendizagem como currais eleitorais...
  • Privatizam / exclui siglas / partidos...
O PSDB sequer apresentou chapa proporcional / majoritária...
A facção lulista dos ferreira gomes foi excluída do legislativo. A coligação PSB-PSD não atingiu o quociente eleitoral.
  • Transformam parlamentares em paralamentares..
  • Assaltam a previdência nacional com criação/recriação de previdência municipal...
  • Aumentam e diminuem o número de membros do poder legislativo municipal....



Maracanaú, 27 de Fevereiro de 2013

Cândido Pinheiro Pereira
Prof. Cândido é histórico militante do PPS


27 de Fevereiro é data do assassinato de Almir Dutra, primeiro prefeito de Maracanaú
tema para estudo... Quem se habilita?
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Dois pesos

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Coluna   SONIA PINHEIRO

 23/02/2013

O POVO



Dois pesos












AS PESSOAS que protestam contra a presença da blogueira cubana Yoani Sanchez no Brasil devem desconhecer o conceito de censura. Os mais velhos, que conheceram de perto a repressão da ditadura militar brasileira, demonstram toda a sua incoerência. Parece dizer que censura de esquerda pode, a de direita, não pode. Esqueceram, com toda certeza que, quando podiam, brasileiros no exterior denunciavam o que se passava nos porões da ditadura ( para usar uma frase do ex-deputado Paes de Andrade).

SE A MOÇA é ou não é agente da CIA norte-americana, recebe dinheiro de rede de imprensa “capitalista” é uma questão só dela. Se propõe a denunciar o que entende estar errado na Ilha dos irmãos Castro e está cumprindo seu papel. Cabe ao público a quem se dirige, acreditar ou não. Deixá-la falar é principio básico da democracia. Em tempo: se os “esquerdoides” não tivessem feito tanto barulho, a passagem de Yoani por terras brasileiras tinha ficado quase despercebida.
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LEMBRETE

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LEMBRETE



Lembramos / informamos que a reunião do “Ceará de Paz” de fevereiro será no Jardim Bandeirante, Pajuçara, Maracanaú.

DIVULGUE! PARTICIPE!

         O “Ceará de Paz” trabalha a descontrução da cultura das violências e a construção de uma cultura de paz.
         O “Ceará de Paz” é uma articulação de Dom Edmilson, coordenação de Erotilde Honório e Secretária de Agnor Gurgel.
         Participam do “Ceará de Paz”, entre outros(as), a juíza Graça Quental, a jornalista Fátima Vilanova, Irmã Leides (Pres. da SOPOEMA), Vânia Paixão, Fernando Evangelista, o pastor Sinval, o advogado Mardônio Almeida, Cristina poeta, os professores Cláudio Régis Quixadá, Cândido Pinheiro, Profa. Salete e Prof. Teles.
         Você também será bem-vindo(a) ao “Ceará de Paz”!

“A rigor, no âmbito da administração pública, a terceirização, que não seja para trabalho temporário por natureza, é uma fraude à Constituição Federal”.
(Hugo de Brito Machado
Concurso Público, “O Povo”, 03/02/2013)


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Terceirizados

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diário do nordeste

Política

COLUNA
Edilmar Norões
edilmar@diariodonordeste.com.br
19.02.2013

Terceirizados

Uma interessante e mesmo oportuna a observação do vereador Chico Barbeiro na Câmara de Maracanaú. Disse que "se todos os servidores daquela Casa são terceirizados, até as 17h de 1º de janeiro, quando os vereadores eleitos e diplomados foram empossados, não existia Câmara Municipal". O novo presidente prometeu realizar concurso.

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Educação e gestão

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diário do nordeste/ opinião

IDEIAS


Educação e gestão
Paulo Ziulkoski
presid. Conf. Nac. dos Municípios
19.02.2013


No pacto federativo vigente, cabe aos municípios a educação infantil. Segundo a Constituição, a educação passa a ser obrigatória dos quatro aos 17 anos, e o II Plano Nacional de Educação, ainda em elaboração, fixa a meta de 50% de atendimento em creche até 2022.
A partir do diagnóstico da realidade e projeção da população até cinco anos, é tarefa dos novos prefeitos planejar a expansão das matrículas na creche e na pré-escola. Em 2012, havia no Brasil 5,6 milhões de crianças de quatro e cinco anos e 4,7 milhões de matrículas na pré-escola, em todas as redes de ensino. Até 2016 serão necessárias mais 618 mil vagas na pré-escola. No mesmo ano, eram 10,5 milhões de crianças de até três anos e 2,5 milhões de matrículas na creche. Com menos nascimentos a cada ano, até 2022 será necessário mais 1,9 milhão de vagas na creche. No Ceará, também em 2012, havia 256 mil crianças de quatro e cinco anos e 247 mil matrículas na pré-escola. A universalização da pré-escola exigirá mais 8,7 mil vagas até 2016. No mesmo ano, eram 489 mil crianças de zero a três anos e 131 mil matrículas na creche. Até 2022, serão necessárias mais 67 mil vagas para chegar a 50% de atendimento em creche. Definidas as vagas a ampliar, deve-se alocar recursos e admitir o pessoal necessário.
Aí reside o problema, pois o valor por aluno/ano do Fundeb na creche corresponde a pouco mais de 50% do custo. Para a CNM, educação de melhor qualidade exige, da União, mais recursos para a educação básica pública e, dos municípios, mais gestão com metas e indicadores para os próximos quatro anos.


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Plenário da Câmara fica inundado

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CHUVAS NA CAPITAL
Diário do Nordeste
16.02.2013 



 Plenário da Câmara fica inundado

PARLAMENTARES!
CUIDAM DA CIDADE? COMO, SE NÃO CUIDAM DO PRÓPRIO ESPAÇO DE TRABALHO?


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Memory

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O POVO
SONIA PINHEIRO

14/02/2013

Memory

EX-DEPUTADA federal e ex-prefeita de Fortaleza, a sempre admirável Maria Luiza Fontenele (foto) convida as formandas de 1965 pela Escola de Serviço Social, em Fortaleza, para encontro de reminiscências- de amanhã ao dia 19.


TEMA do meeting? Resgatando a hitória com visão emancipatória.


FONTENELE recorda (com natural feeling): “Na década de 60 passamos a constituir o 1% dos privilegiados que ocupávamos os bancos universitários. Vinte e uma jovens do Piauí e Ceará integravam a turma do 1°. semestre da Escola de Serviço Social. Estudiosas e atuantes estávamos em todos os lugares: nos debates calorosos nas salas de aulas/ nos estudos em equipe; nas praças com o teatro de protesto CPC-UNE; na Marcha do Pirambu com outras 15 mil pessoas na luta por direitos; nas passeatas e manifestações de rua contra o imperialismo e pelas reformas de bases, nas fileiras da Igreja Libertária –JUC/AP; nas direções das entidades estudantis de onde fomos retirados por ocasião do Golpe Militar. Firmes nos ideais concluímos o curso como profissionais conscientes e competentes. 50 anos depois queremos resgatar essa história com aqueles que nos orientaram ou ombrearam conosco, partindo para novos desafios. Somos setentonas, solteiras, casadas, mães, avós, profissionais aposentadas, mas na ativa e seremos muito mais com essa nova tessitura de relação que já estamos efetivando. Marcando o registro das comemorações do Dia Internacional da Mulher e da Festa de São José queremos festejar e falar de resistência e emancipação”.


PROGRAMAÇÃO: amanhã –Trocando ideias emancipatórias –em almoço, no Ideal Clube; sábado: saída para Canaã –Terra Prometida; domingo –lazer e peixada na Casa da Rosa de Lima, em Canaã; dia 18 –encontro com rendeiras –apresentação de DVD do lançamento do livro de Rosa de Lima, Tecendo Rendas e Vidas, e, finalmente em 19 próximo, data de São José, Festa no Interior.
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Besteira muita

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Besteira muita

1 -"Para a mais bela entre as belas." 2 - "Como se foi de período momino?" 3 - "O que sentiu na hora em que a Mangueira estava entrando?" 4 - "O banho de mar serviu para recarregar as baterias antes do tradicional mela-mela."

"Na guerra você só pode ser morto uma vez; já na política, várias vezes".

Sir Winston Churchill
Estadista inglês
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A redução dos dias letivos e o Pacto de Responsabilidade

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15.02.13


A redução dos dias letivos e o Pacto de Responsabilidade

"Caso o gestor queira aumentar as horas aula, deve manter o número mínimo de os dias letivos, ou seja, duzentos dias"
Recebemos com surpresa a notícia da realização de um pacto, acordado entre as Secretarias de Educação (municipal e estadual), sindicatos, Ministério Público, Conselhos Tutelares, Comdica, Conselho Municipal de Educação, do Fundeb, e OAB, que prevê a redução do ano escolar de 2012 em dois meses, a serem “compensados” em 2013 através do acréscimo de uma hora aula por dia para os alunos do 1º e 2º anos, e a critério de cada escola para alunos do 3º ao 5º ano. O referido pacto irá penalizar ainda mais os alunos do 6º ao 9º ano, por determinar a reposição das horas aulas através do Programa Mais Educação que, nada mais é, que um conjunto de atividades realizadas nos macrocampos: arte, esporte, lazer, direitos humanos e reforço escolar. Dessa forma, os alunos não terão acesso a escolarização obrigatória, de acordo com o art. 24, I, da LDB, que é claro ao afirmar que “a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo”. Existem diversos pareceres do Conselho Nacional de Educação que afirmam a obrigatoriedade dos duzentos dias letivos (Pareceres 12/97, 10/2005, 15/2007, 38/2002, por exemplo).

Caso o gestor queira aumentar as horas aula, deve manter o número mínimo de os dias letivos, ou seja, duzentos dias.

Embora denominado “Pacto de Responsabilidade Social e Pedagógica pelos alunos da Rede Pública”, percebe-se como uma decisão que atende a preceitos tecnicista, burocrático administrativo, que na prática impõe o prejuízos aos estudantes, que não terão acesso aos conteúdos, do ano escolar de 2012, que deveriam ter por a lei lhes assegura. Repugnante também é parte da fundamentação do “Pacto”, que afirma que as crianças precisam na época de férias (alta estação) ajudar a crescer o orçamento familiar. Estaria o Secretário Municipal a defender, e estimular, o trabalho infantil?

Todos os dias letivos devem ser reposto no ano escolar respectivo. É de suma importância sabermos que motivos e, sobretudo, quais fundamentos levaram com que diversos entes que teriam o papel de defender direitos das crianças e adolescentes, justamente, firmarem um pacto que viola o direito à educação. É preciso afirmar que mesmo um Pacto ou Termo de Ajuste de Conduta não pode, nunca, ser contrário ao texto legal, nesse caso de uma Lei Federal. Aqui não há interpretações, a ilegalidade está presente em todo o documento, as instituições responsáveis pela legalidade e defesa dos direitos difusos e coletivos devem se manifestar, alunos, professores e a sociedade em geral esperam um questionamento crítico, face à flagrante violação da LDB.

Márcio Alan Menezes Moreira
marcioalan81@gmail.com
Assessor jurídico do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará

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GRITO POR ÁGUA & CONTRA AS VIOLÊNCIAS

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GRITO POR ÁGUA
&
CONTRA AS VIOLÊNCIAS


Falta água no sertão e na periferia de Fortaleza (Capital) e as violências tomaram conta de todos os espaços do nosso Brasil...

É a falta de Política Democrática!
NINGUÉM AJUDA NINGUÉM, AGENTE SE AJUDA!
NINGUÉM LUTA POR NINGUÉM, A GENTE LUTA JUNTOS!

Excluídos(as), oprimidos(as), explorados(as), perseguidos(as), trabalhadores(as), precisamos nos conscientizar que temos direitos, nos unirmos, nos organizarmos, e construirmos uma SOCIEDADE SEM EXCLUSÃO DE QUALQUER ESPÉCIE, EM QUE TODOS E TODAS TENHAMOS VIDA DIGNA!

O MAP (Movimento de Articulação Popular) CONCLAMA a todos e todas que são vitimas da falta d’água na Rua 05, do Jardim Jatobá, a participarem do GRITO POR ÁGUA E CONTRA AS VIOLÊNCIAS!
A CONCLAMAÇÃO é extensiva a todos e todas que lutam por uma Sociedade mais justa!
Dia : 16/02/2013
Hora: 16 horas
Local: Rua 25, n°900 Jardim Jatobá, próximo ao final da linha do Jardim Jatobá.


É preciso sacudir pelas entranhas os cegos que não querem ver e os surdos que não querem ouvir. Entre outras razões, porque não queremos que o Brasil se transforme num país de mudos.
Astrojildo Pereira
Transcrição de “Política Democrática”
Revista de Política e Cultura
Segurança Pública em foco


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CEARÁ DE PAZ - Convite

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CEARÁ DE PAZ

Convite

Convidamos a todos e todas que moram, trabalham e estudam no Jardim Bandeirantes, Pajuçara, Maracanaú, para a reunião de fevereiro do “Ceará de Paz.”
O Convite é dirigido, principalmente, às lideranças, mas a reunião não será privativa de quem mora, trabalha e estuda no “Jardim Bandeirantes”. Será bem-vindo (a) toda e qualquer pessoa, especialmente agentes estatais/governamentais e operadores(as) do Direito...
O “Ceará de Paz” trabalha a desconstrução da cultura das violências e a construção de uma cultura de paz...
O “Ceará de Paz” é uma articulação de Dom Edmilson, Coordenação de Erotilde Honório e Secretaria de Agnor Gurgel.
Esta reunião é uma oportunidade de quem mora, trabalha e estuda no Bandeirantes começarmos, coletivamente, a construção/reconstrução de um espaço que todos e todas, sem exclusão de nenhum tipo, tenhamos vida digna...

Faça sua parte!
DIVULGUE! PARTICIPE!

Dia: 24/02/2013
Local: Colégio Estatal Evandro Aires.
Horário: 14 às 17 horas.

Vivemos em um país onde a prioridade estatal se divorcia dos anseios sociais, em que os atos governamentais ordinariamente se destinam à satisfação de evidentes interesses pessoais em detrimento do coletivo. Os governantes contribuem de forma direta na segregação da população carente que tem na defensoria pública seu instrumento de acessibilidade e promoção dos direitos humanos.”
Sandra Moura de Sá
(Defensor Público: Em defesa do que é Direito)
O Povo” – 28/01/13
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A revolução chega às universidades

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THOMAS FRIEDMAN 01/02/2013

A revolução chega às universidades

"No curso, eu tinha de acompanhar o ritmo da matéria, o que é inédito na educação especial. Agora gosto de estar em sintonia com o mundo"

Deus sabe que existem muitas más notícias no mundo de hoje que nos deixam para baixo, mas existe uma grande coisa acontecendo que me deixa incrivelmente esperançoso quanto ao futuro, que é a revolução que está florescendo na educação superior online do mundo inteiro. Nada tem mais potencial para tirar mais pessoas da pobreza, pois pode dar a elas uma educação acessível para que consigam ter um emprego ou subir de patamar no emprego que já têm. Nada tem mais potencial para estimular mais de um bilhão de cérebros para que eles resolvam os maiores problemas do mundo. E nada tem mais potencial para nos permitir reinventar o ensino superior do que os cursos abertos online em massa, ou MOOCs (Massive Open Online Courses), plataformas que estão sendo desenvolvidas por organizações como Stanford e Massachusetts Institute of Technology (MIT) e por empresas como a Coursera e a Udacity.


Em maio do ano passado, escrevi sobre a Coursera – cofundada pelos cientistas da computação Daphne Koller e Andrew Ng, de Stanford – logo depois que passou a funcionar. Duas semanas atrás, retornei a Palo Alto para verificar como eles estão. Quando eu os visitei em maio do ano passado, cerca de 300 mil pessoas estavam fazendo 38 cursos ministrados por professores de Stanford e de algumas outras universidades de elite. Hoje, eles têm 2,4 milhões alunos, que fazem 214 cursos de 33 universidades, incluindo oito internacionais.


Anant Agarwal, ex-diretor do laboratório de inteligência artificial do MIT, é agora o presidente da edX, um MOOC sem fins lucrativos que o MIT e Harvard estão criando juntos. Agarwal me disse que, desde maio, cerca de 155 mil estudantes do mundo todo já concluíram o primeiro curso da edX: uma classe de introdução a circuitos do MIT. “Isso é maior do que o número total de alunos do MIT em seus 150 anos de história”, disse.


Sim, somente um pequeno percentual dos alunos termina todo o curso – e eles ainda costumam ser das classes média e alta de suas sociedades, mas estou convencido de que, em cinco anos, essas plataformas vão atingir um público muito mais amplo. Imagine como isso pode mudar os programas de auxílio externo dos Estados Unidos. Por valores relativamente pequenos, os Estados Unidos poderiam alugar um espaço em uma aldeia egípcia, instalar duas dezenas de computadores, fornecer acesso via satélite à internet de alta velocidade, contratar um professor local como facilitador e convidar em qualquer egípcio que queira fazer cursos online com os melhores professores no mundo, com legendas em árabe.


Você tem que ouvir as histórias contadas pelos pioneiros deste setor para apreciar seu potencial revolucionário. Uma das histórias favoritas de Koller é sobre “Daniel”, um garoto autista de 17 anos que se comunica principalmente pelo computador. Ele fez um curso online de poesia moderna, da Universidade da Pensilvânia. Ele e os pais dele escreveram dizendo que a combinação entre currículo acadêmico rigoroso, que exigia que Daniel permanecesse concentrado nas tarefas, com um sistema de aprendizado online que não exigia demais de suas habilidades sociais, dos seus déficits de atenção nem o obrigou a olhar outras pessoas nos olhos permitiram que ele administrasse melhor o autismo. Koller compartilhou uma carta enviada por Daniel em que ele escreveu: “Por favor, conte a minha história à Coursera e à Universidade da Pensilvânia. Sou um garoto de 17 anos emergindo do autismo. Ainda não posso me sentar em uma sala de aula normal e, por isso, o curso de vocês foi o meu primeiro curso real. Durante o curso, eu tinha de acompanhar o ritmo da matéria, o que é inédito na educação especial. Agora sei que posso me beneficiar com o trabalho duro exigido e gosto de estar em sintonia com o mundo”.


Um membro da equipe da Coursera que recentemente fez um curso sobre sustentabilidade dado pela empresa me disse que as aulas foram muito mais interessantes do que as de um curso semelhante que ele fez na sua graduação. O curso online juntou estudantes do mundo inteiro, com vários níveis de renda e, como resultado, “as discussões que aconteceram durante as aulas foram muito mais valiosas e interessantes do que as que costumam acontecer entre alunos provenientes de locais e níveis de renda semelhantes” dentro de um típico colégio norte-americano.


Mitch Duneier, professor de sociologia de Princeton, escreveu um ensaio, no outono passado, no The Chronicle of Higher Education sobre a experiência dele ao ministrar um curso por meio da Coursera: “Alguns meses atrás, depois que o campus da Universidade de Princeton ficour quase totalmente silencioso após a formatura, 40 mil estudantes de 113 países chegaram aqui via internet para fazer um curso livre de introdução à sociologia... Minha aula de abertura, sobre o livro clássico de C. Wright Mills, de 1959, ‘A Imaginação Sociológica’, foi uma leitura atenta do texto, em que analisei um capítulo fundamental linha a linha. Pedi aos estudantes que acompanhassem a leitura em suas próprias cópias, como costumo fazer em sala de aula. Quando dou essa aula no campus de Princeton, costumo receber algumas perguntas penetrantes. Neste caso, entretanto, poucas horas depois de postar a versão online do curso, os fóruns começaram a fervilhar com centenas de comentários e perguntas. Vários dias depois, havia milhares... Em três semanas, eu havia recebido mais retorno sobre minhas ideias sociológicas do que eu em toda minha carreira no ensino, o que influenciou significativamente todos os meus seminários e aulas subsequentes”.


Agarwal, da edX, contou a história de um estudante do Cairo que fez o curso de circuitos e estava tendo dificuldades. No fórum online do curso, no qual os alunos se ajudam mutuamente com as tarefas de casa, ele postou que estava abandonando o curso. Em resposta, os outros estudantes do Cairo que estavam na mesma classe o convidaram a se reunir com eles em uma casa de chá, onde eles se ofereceram para ajudá-lo a ficar no curso. Um estudante de 15 anos de idade da Mongólia, que frequentou as mesmas aulas como parte de um curso misto e recebeu nota 10 no exame final, acrescentou Agarwal, agora está tentando uma vaga no MIT e na Universidade da Califórnia em Berkeley.


Quando olhamos para o futuro do ensino superior, disse o presidente do MIT, L. Rafael Reif, algo que hoje chamamos de “graduação” será um conceito “conectado a tijolos e argamassa” – e as experiências tradicionais no campus cada vez mais alavancarão a tecnologia e a internet para melhorar as salas de aula e os trabalhos de laboratório. Ao lado disso, no entanto, disse Reif, muitas universidades irão oferecer cursos online para os alunos em qualquer lugar do mundo, nos quais eles serão capazes de ter “credenciais” – certificados que atestarão que esses estudantes fizeram as tarefas e passaram em todos os exames. O processo de desenvolvimento de credenciais que mereçam confiança, que atestarão que os alunos dominaram adequadamente os assuntos – e não colaram de outros colegas –, com as quais os empregadores poderão contar, ainda está sendo aperfeiçoado por todos os MOOCs. Mas, uma vez que esse processo estiver concluído, esse fenômeno vai realmente ganhar escala.


Espero que, daqui a pouco, cada um de nós seja capaz de criar seu próprio diploma universitário fazendo os melhores cursos online com os melhores professores do mundo todo – um pouco de computação em Stanford, um pouco de empreendedorismo na Wharton, um pouco de ética na Brandeis, um pouco de literatura em Edimburgo – pagando somente uma taxa nominal pelos certificados de conclusão. Isso vai mudar o ensino, o processo de aprendizado e o caminho para o emprego. “Existe um mundo novo surgindo”, disse Reif, “e todo mundo terá de se adaptar”.


Tradução: Daniela Nogueira


danielanogueira@opovo.com.br

Thomas Friedman
Colunista de assuntos internacionais do New York Times, Friedman já ganhou três vezes o prêmio Pulitzer de jornalismo. É autor do best-seller O Mundo é Plano 

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Lula cá!

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OPINIÃO
O POVO
ARTIGO 01/02/2013


Lula cá!

Não seria correto imaginar que o Brasil é social e economicamente uniforme. Não! 

O Brasil, como todo o mundo capitalista, é marcado pela presença de pelo menos, duas classes sociais, bastante distintas. De um lado, está a classe burguesa, dona dos meios de produção, dona das fábricas, dos bancos, do grande comércio. Do outro lado, estão as classes trabalhadoras, despossuídas dos meios de produção, e para as quais só resta a força de trabalho para ser vendida como mercadoria a troco de salário.


Vemos pois, como duas classes, com interesses imediatos e históricos diferentes, compõem aquilo que genericamente é chamado de país. Como essas classes sociais têm interesses distintos, concluiu-se que, no mínimo, têm-se dois lados: o lado da burguesia e o lado dos trabalhadores.


Quando veio a público, na campanha presidencial, a música repetindo o refrão “Lula Lá”, nós caepistas, também saímos a público clamando pelo “Lula cá”. Queríamos que Lula não fosse para o outro lado, como terminou por acontecer.


Com a passagem para o lado da burguesia, particularmente dos banqueiros, Lula, que inicialmente parecia ser um legítimo representante dos interesses imediatos e históricos das classes trabalhadoras, mostrou-se um talentoso político a serviço da manutenção do capitalismo e, como tal, foi reconhecido pela cúpula dos países ricos quando aclamado ‘o personagem do ano’. 


Por sua vez, Barack Obama não se esqueceu de “honrá-lo” com o título de “o cara”. Foi nisso que redundou o Lula lá. O ‘lá’ significou o abandono do ‘cá’, e isso tornou-se um episódio de graves consequências para os reais interesses das classes trabalhadoras.


Hoje acreditamos irreversível a posição da maioria dos grandes dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) que junto ao Lula passaram de malas e bagagens para o lado da burguesia. E para bem servi-la tratou de engessar as centrais sindicais e estudantis, garantindo a paz social para que os capitalistas lograssem os seus polpudos lucros. 

Gilvan Rocha
gilvanrocha50@gmail.com

Professor e presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos

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