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Leitura do bem

LEITURA DO BEM

Há amizades e leituras do bem e do mal...
A amizade e a leitura, qualquer que seja, se tivermos atitudes reflexivas, críticas produz enriquecimento espiritual...
“Mentes perigosas – o psicopata mora ao lado, Ana Beatriz Barbosa Silva – Rio de Janeiro: Objetiva, 2008” é uma leitura do bem...
Dois livros marcaram-me mais intensamente. Na juventude “Os sertões” de Euclides da Cunha. Na senilidade biológica (mentalmente continuo jovem), “Mentes perigosas – o psicopata mora ao lado” de Ana Beatriz Barbosa Silva...
Continua ecoando nos meus pensamentos:

“Fechemos este livro.
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados...”
(Os sertões / Euclides da Cunha
Rio de Janeiro: Record, 1998)

Anos de Chumbo. Falavam-me das torturas... Duvidada... Resistia à idéia de um ser humano – “imagem e semelhança de Deus” – praticasse as atrocidades que nos relatavam...
Vi, ouvi, sofri as torturas do DOI-CODI...
Constatei, pessoalmente, que eram verdade as informações sobre torturas...
A leitura e reflexão de “Mentes perigosas – o psicopata mora ao lado” de Ana Beatriz Barbosa Silva ajudou-me a entender o comportamento dos torturadores do DOI-CODI...
“Mentes perigosas – o psicopata mora ao lado” de Ana Beatriz Silva é um livro que precisa ser lido, debatido, divulgado...
Atenção para estes trechos de “Mentes perigosas – o psicopata mora ao lado”:

“É hora de pararmos e realizarmos uma profunda reflexão coletiva e individual. Precisamos definir em que proporções estamos contribuindo para a promoção de uma cultura psicopática. Temos que unir forças para efetuarmos um combate efetivo das ações psicopáticas em todas as suas manifestações. Para começar, precisamos rever a nossa tolerância em relação às pequenas transgressões do dia-a-dia, como jogar papel no chão, buzinar em frente ao hospital, urinar em postes, cuspir nas calçadas, estacionar em locais proibidos, não recolher os dejetos dos animais de estimação e por aí vai”.
(...)
“E o que dizer de nossa tolerância para com a corrupção? Chegamos ao ponto absurdo de concordar com frases do tipo: “fulano rouba, mas faz.” Isso representa a mais pura acomodação política que experimentamos em nossas vidas sociais. Será que acreditamos realmente que exista corrupção benigna? Claro que sabemos que isso não existe, mas tentamos criar justificativas idiotas para abrandar nossas turvas consciências. Sabemos distinguir claramente o que é certo do que é errado, no entanto preferimos relativizar essa questão para nos beneficiarmos das vantagens materiais das ‘pequenas’ transgressões sociais”.
(...)
“A construção de uma sociedade mais solidária, é, a meu ver, o grande desafio dos nossos tempos. E para tal empreitada teremos que harmonizar o desenvolvimento tecnológico com uma consciência que não faça qualquer tipo de concessão ao estilo psicopático de ser ou de viver. A luta contra a psicopatia é a luta pelo que há de mais humano em cada um de nós. É a luta por um mundo mais ético e menos violento, repleto ‘de gente fina, elegante e sincera’.”


Maracanaú, 18 de outubro de 2009

Cândido Pinheiro Pereira
Prof. Cândido trabalha no Martins Filho (Conjunto Jereissati) e no Evandro Aires (Jardim Bandeirante, Pajuçara)

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