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QUE SE PASSA COM ROBERTO PESSOA?

QUE SE PASSA COM ROBERTO PESSOA?

No final do ano passado, o Prefeito enviou projeto de lei à câmara municipal, que foi aprovado ainda naquele período. A lei dava poderes a Secretaria de Gestão e Finanças para gerir o custeio do que hoje é repassado a previdência social e, entre outros pontos, aumentava a alíquota de 8% para 11% para ser descontado da remuneração dos trabalhadores em folha de pagamento.
Incontinente os sindicatos: SISMA e SUPREMA de modo altivo, passaram a questionar e conseguiram fazer com que o prefeito recuasse e revogasse, já nesta legislatura a lei que estabelecia o Regime Próprio de Previdência Municipal. Pensou-se que a situação estava resolvida.
Para surpresa de todos, no mês de junho, o prefeito chama reunião com os sindicalistas - que não tiveram tempo para fazer uma mobilização adequada – e mesmo assim, dezenas de trabalhadores compareceram ao teatro Dorian Sampaio. Algumas personalidades, alheias a realidade local, foram convidadas pelo governo municipal para defender o malfadado projeto de lei.
Ao ser combatido pelas lideranças sindicais, o prefeito de chegou a dizer: que se os sindicalistas, obtivessem mais de 50% de abaixo assinado, o governo desistiria de tal projeto.O prefeito acabou concordando com nova assembléia geral da categoria. Decretou ponto facultativo - o que demonstra seu ânimo democrático. Dois mil servidores municipais compareceram ao ginásio do CADE, para dizer que não concordavam com a criação do regime de previdência municipal.
Roberto Pessoa viaja, mas, envia referido projeto para a Câmara de Vereadores em uma quinta-feira. Na sexta não houve sessão para discutir o tema e o projeto de lei é aprovado na seguinte segunda-feira. Estão subtraindo de Roberto Pessoa - o que lhe resta de espírito democrático.
No momento que a sociedade brasileira, anseia por reformas políticas, perdemos extraordinária oportunidade de fazer de Maracanaú, uma referência nacional de democracia direta: ao deixamos de realizar um referendo com os trabalhadores municipais, diretamente interessado no assunto. O referendo para daqui 2 ou 3 meses, propiciaria um amplo debate em nossa cidade.
Após, seria resolvido com a utilização de um fantástico instrumento de
democracia direta - aonde o conjunto de interessados iria às urnas para votar o referendo da lei, sobre a implantação ou não do regime de previdência municipal.
Maracanaú seria projetada, por toda imprensa nacional. Roberto Pessoa que pretende ser prefeito de Fortaleza e depois governador do estado: seria reconhecido e exaltado como o grande líder, capaz de auscultar o sentimento de quem de direito e se submeter ao soberano resultado do referendo. Ganharia projeção internacional.
As lideranças sindicais e populares da cidade seriam respeitadas pelo resto do país. Os trabalhadores sairiam ganhando ao decidir livremente o que lhe fosse melhor. A cidade seria a grande vitoriosa - passaria a ser vanguarda da democracia direta no Brasil.
Qualquer que fosse o resultado, todos seriam vencedores, afinal de contas os trabalhadores democraticamente teriam decidido.Os bajuladores estão furtando de Roberto Pessoa, o que lhe resta de seu espírito democrático.
Espera-se que ele perceba isso! Quem tem dignidade volta atrás. O prefeito voltou uma vez ao retirar o projeto aprovado no final da legislatura passada. Agora, se quiser, volta novamente. Revoga a lei e chama o referendo. È uma boa maneira de redimir sua biografia.
Enquanto o homem de 88% de votos vai refletindo que lembre de William Shakespeare: "Excelente coisa é ter a força de um gigante, mas usar dela como um gigante é próprio de um tirano.”

Maracanaú/Ce, 07 de julho de 2009


ADVOGADO PAIVA DANTAS
PUBLICADO NA COMUNIDADE DO ORKUT MARACANAÚ EU QUERO MUITO MAIS.
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