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CORRUPÇÃO NO BANCO DO NORDESTE (BNB)?


CORRUPÇÃO NO BANCO DO NORDESTE (BNB)? 56 8/7/2005 Os jornais estampam nas primeiras páginas as fotografias de uma bolada de dinheiro. Trata-se do conteúdo de uma maleta com R$ 200 mil e de outros US$ 100 mil, carregados escondidos dentro da cueca do assessor de um deputado do PT. Não qualquer deputado. José Adalberto Vieira da Silva, preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, trabalha para o deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), líder petista na Assembleia Legislativa do Ceará, integrante do Diretório Nacional do PT e irmão do presidente nacional do partido, José Genoino (SP). (...) 61 13/7/2005 Mais uma versão para o caso do petista preso com R$ 200 mil numa maleta e US$ 100 mil na cueca. No início, José Adalberto Vieira da Silva alegou ser agricultor e o dinheiro, resultado da venda de verduras. Agora, o deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), chefe dele, envolve outro assessor de seu gabinete, José Vicente Ferreira. Os dois iriam usar o dinheiro para abrir uma locadora de veículos em Aracati (CE), em sociedade com um terceiro petista, Kennedy Moura Ramos. Diz o deputado Guimarães: - Isso comprova que eu não tenho nada a ver com esse caso, nem o PT e muito menos o ex-presidente nacional do partido. José Nobre Guimarães afirma que tudo foi uma "armação" contra o PT. Manifesta-se "decepcionado" e "traído" pelo assessor preso. A primeira pessoa que José Adalberto Vieira da Silva avisou ao ser detido foi Kennedy Moura Ramos. Ele é assessor especial da presidência do BNB (Banco do Nordeste do Brasil). O presidente, Roberto Smith, também pertence às fileiras do PT. Da mesma forma que Kennedy Moura Ramos, assumiu o cargo por conta da amizade e ligação com José Nobre Guimarães, o irmão de Genoino. Kennedy Moura Ramos, ex-marido da presidente do PT do Ceará, Sônia Braga, foi assessor jurídico de José Nobre Guimarães. Kennedy Moura Ramos é responsável pelas finanças do PT no Ceará. Avisou José Nobre Guimarães da prisão do assessor. Pede exoneração dos quadros do BNB. (...) A Polícia Federal avança no caso da cueca milionária. Reúne indícios sobre a origem dos R$ 200 mil encontrados na maleta e os US$ 100 mil escondidos nas partes íntimas, tudo transportado por José Adalberto Vieira da Silva, assessor do deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), irmão de José Genoino. A investigação aponta para propina. A suspeita vem do fato de Vieira da Silva ter se encontrado com o dono de uma empreiteira. Do procurador Márcio Torres, sobre o depoimento de Vieira da Silva ao Ministério Público Federal: - Ele confirma que esteve com o empresário José Petronilho de Freitas. Disse que foi fazer uma visita e conversaram amenidades, nada a ver com o dinheiro. O empresário é ligado ao grupo Cavan. Está em jogo um negócio de R$ 450 milhões. O sistema de transmissão de energia elétrica do Nordeste previa a construção de um linhão de 550 quilômetros ligando Teresina a Fortaleza. O empreendimento recebeu financiamento do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e envolve a Chesf (Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco). Recapitulando: ao receber a ordem de prisão no aeroporto de Congonhas, após ser flagrado com a dinheirama, Vieira da Silva telefonou ao amigo petista e assessor especial do BNB, Kennedy Moura, que seguiu para São Paulo. A propósito: José Nobre Guimarães também estava na capital paulista. Foi ele, aliás, quem indicou Kennedy Moura para o BNB de Lula. Vieira da Silva seria apenas "mula", alguém incumbido de transportar dinheiro. (...) Denunciados os envolvidos no escândalo da cueca. O Ministério Público Federal conclui que eram propina os US$ 100 mil escondidos na cueca do assessor do PT do Ceará, José Adalberto Vieira da Silva, e os R$ 200 mil transportados por ele numa maleta. Ele foi preso ao tentar embarcar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O dinheiro seria um acerto do contrato de R$ 300 milhões entre o BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e o consórcio Alusa/STN (Sistema de Transmissão do Nordeste) para construir uma linha de transmissão de energia elétrica entre Teresina e Fortaleza. José Adalberto Vieira da Silva trabalhava como assessor do deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), irmão do então presidente nacional do PT, José Genoino (SP). O deputado cearense também vai responder ação judicial. Para o Ministério Público, o ex-assessor especial da presidência do BNB, Kennedy Moura Ramos, do grupo do deputado José Nobre Guimarães, foi o intermediário do negócio. Ele será acionado por improbidade administrativa. O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Ceará aprova o encaminhamento do pedido de cassação do mandato de José Nobre Guimarães. Ele admitiu ter recebido R$ 250 mil do valerioduto. A decisão não tem nada a ver com o caso da prisão do assessor José Adalberto Vieira da Silva, um outro processo. (...) 342 20/4/2006 A Justiça Federal do Ceará bloqueia os bens do deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), irmão do ex-presidente do PT, José Genoino. Ele é investigado no caso em que seu assessor, José Adalberto Vieira da Silva, foi preso com US$ 100 mil escondidos na cueca e outros R$ 200 mil acondicionados numa maleta, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O inquérito quebrou os sigilos telefônicos de dois celulares do irmão de José Genoino e as informações bancárias de três empresas. O Ministério Público concluiu que houve favorecimento ao consórcio STN (Sistema de Transmissão do Nordeste), num empréstimo de R$ 300 milhões concedido pelo BNB (Banco do Nordeste do Brasil). Em troca de facilidades para a obtenção do crédito, o STN teria concordado em pagar propina. O dinheiro em poder do assessor de José Nobre Guimarães teria sido parte do suborno. Transcrição de “O Chefe”, de Ivo Patarra. O livro está disponível no endereço eletrônico: www.escandalodomensalao.com.br

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