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Para além dos clichês eleitorais




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Para além dos clichês eleitorais

"Falta ousadia à boa parte dos candidatos para fugir das amarras políticas"

Seria clichê apostar em propostas como educação, saúde e segurança, ou os temas em questão estão mesmo entre as necessidades mais urgentes de Fortaleza? Diria que as duas coisas. Clichê, mas necessário. São necessidades básicas que dão o mínimo de dignidade aos moradores de uma grande cidade como Fortaleza e devem sim pautar as plataformas de governo dos dez candidatos à Prefeitura da Capital.



Existe um abismo separando a minoria que pode e que tem acesso a esses serviços da grande maioria que “deve” se contentar com o pouco que lhe resta. Mas é preciso ir além.

Falta ousadia à boa parte dos candidatos, ou melhor, falta que se desprendam das amarras partidárias, da troca de favores e dos apadrinhamentos para poderem pautar os reais problemas da cidade.

Não se vê na plataforma política mostrada nos programas eleitorais de quase nenhum dos prefeituráveis propostas concretas para conter o extermínio dos jovens nesta cidade, especialmente os negros e pobres. O mapa da violência 2012 apontou Fortaleza como a sexta capital do País em número de homicídios de jovens entre os anos de 2009 e 2010.

Boa parte dos prefeituráveis não tem propostas claras sobre a especulação imobiliária. Assistimos diariamente à devastação de áreas verdes essenciais à saúde da cidade para abrigar grandes complexos comerciais e aos shoppings que pipocam aos montes. Para que tudo isto se as minorias continuam estigmatizadas nos seus guetos na periferia da cidade?

Onde estão as propostas que falam do crescimento da cidade associado à sustentabilidade em todos os seus aspectos? Não dá para conceber um governo que não pensa na gestão sustentável dos seus resíduos sólidos creditando, incentivando e viabilizando o trabalho dos grupos comunitários de catadores de material reciclado e das cooperativas de reciclagem. É impensável gerir uma cidade sem propor aos seus moradores um plano de educação ambiental, sem cuidar das suas praças e de seus parques e sem conservar, criar e proteger áreas verdes.

Não se pode pensar em governar Fortaleza sem pautar políticas para o grande número de pessoas que sobrevivem da rua, que não têm um teto e, quando o têm, ficam a vigiar noites a fio as chuvas e os ventos fortes que podem dar fim ao amontoado de madeira e papelão que para muitos é a única ideia e possibilidade de lar possível.

Mesmo em meio à diversidade de propostas e possibilidades de voto, a esperança de uma cidade mais igual e justa move boa parte dos fortalezenses. Esperançosos sim, mas é preciso ser realista: nem tudo o que é “oferecido” atende as reais necessidades da população.

O POVO
08/09/2012
Thiago Silveira
thiagosilveira.pj@gmail.com
Coordenador estadual e nacional da Pastoral da Juventude


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