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PPS lança nota crítica à desindustrialização e à xenofobia, no dia do trabalhador
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PPS lança nota crítica à
desindustrialização e à xenofobia, no dia do trabalhador
Confira nota do PPS sobre o 1° de
Maio
Por: Valéria de Oliveira
No dia do trabalhador, PPS lança
nota em que analisa a xenofobia e medidas que tiram direitos dos trabalhadores,
resultantes da crise do capitalismo. O texto critica o governo Lula/Dilma por
seguir "a mesma cartilha e pendurar a conta da crise nas costas dos
trabalhadores brasileiros".
Para o PPS, o governo passou 2011
envolvido em escândalos de corrupção que levaram à queda de ministros e não foi
capaz de estabelecer uma agenda de retomada do crescimento sustentável nem
reverter o processo de desindustrialização "que está fazendo o país
regredir à sua condição colonial de exportador de matéria-prima". Leia
íntegra abaixo.
"Um 1º de Maio de Luta!
Atravessamos atualmente uma das
mais devastadoras crises do capitalismo, com uma diminuição brutal da oferta de
trabalho nos países desenvolvidos, cujas implicações políticas já apresentam um
forte incremento do xenofobismo e de movimentos reacionários que visam tirar
direitos dos trabalhadores. No Brasil, o governo Lula/Dilma segue a mesma
cartilha e pretende pendurar a conta da crise nas costas dos trabalhadores
brasileiros.
O governo do PT passou o ano de
2011 sobressaltado por queda de ministros envolvidos em escânda-los de
corrupção e tentando consertar a irresponsabilidade fiscal utilizada para
eleger Dilma, e não conseguiu estabelecer uma agenda de reformas para fazer o
país retomar o crescimento de forma sustentável e reverter o processo de
desindustrialização que está fazendo o país regredir à sua condição colonial de
exportador de matéria-prima.
A desindustralizaçao é hoje a
principal ameaça aos trabalhadores brasileiros, que cada vez mais veem os seus
empregos exportados para outros países mais competitivos, com o câmbio mais
adequado e juros civilizados. Agindo de forma errática o governo Dilma já
lançou três versões de um plano para estancar a sangria da industria nacional,
o que só fez serviu para transferir imensas quantias do BNDES para alguns
empresários escolhidos por sua proximidade com o poder.
Soma-se a isso o aumento de
impostos e o processo de corrosão da renda propiciados pela inflação, que
ameaçam as conquistas recentes proporcionadas pela estabilidade econômica e
sinalizam que os trabalhadores pagarão a conta pela farra fiscal e pela
incompetência gerencial dos governos Lula/Dilma.
Mas os trabalhadores não estão
parados. Assistimos a greves nas obras do PAC, por melhores salários e
condições de trabalho. Os funcionários públicos têm cobrado as promessas da
campanha eleitoral. Outras categorias fazem valer seus direitos através de luta
e mobilização.
O governo demonstra notória
incapacidade de resolver nossos problemas de infraestrutura física e humana.
Basta ver a paralisia de inúmeras obras do PAC e o precário estado dos serviços
públicos da educação, saúde e segurança que vivencia o povo todo dia. É
incapaz, também, de promover as reformas democráticas do Estado que
necessitamos para melhor enfrentar os desafios do mundo globalizado.
Assistimos à velha maneira de
governar em que os maiores beneficiários são os rentistas do sistema
financeiro, que absorvem a maior parte do orçamento público via rolagem da
dívida interna, e as elites políticas tradicionais e novas mantidas pela
generosa distribuição de cargos e benesses na máquina pública.
Neste 1º de maio, a luta dos
trabalhadores para garantir seus empregos e suas conquistas perpassa pela
denúncia de um governo pretensamente "dos trabalhadores", mas que governa um Estado que continua a ser
agente de concentração de renda.
O Partido Popular Socialista -
PPS solidariza-se com a luta dos trabalhadores e apresenta-se como seu
instrumento de mobilização e organização para resistir e avançar na luta por
melhores salários e condições de trabalho!
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