O POVO
POLÍTICA
29/03/2013
DIREITOS HUMANOS
PPS propõe
renúncia coletiva na Comissão de Direitos Humanos
Estratégia funcionaria
como pressão para levar o deputado Marco Feliciano, do PSC, a deixar a
presidência da Comissão, que está sem conseguir funcionar desde que ele assumiu
o comando. Feliciano é acusado de homofóbico
Para pôr fim ao clima de confronto que vem tumultuando os trabalhos da
Câmara Federal, o PPS decidiu entrar com processo no Conselho de Ética contra o
deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), por quebra de decoro parlamentar e
sugeriu a renúncia coletiva dos membros da Comissão de Direitos Humanos.
“Precisamos acabar de vez com a situação vexatória vivida na a Câmara desde a
eleição do pastor para presidir o colegiado”, explicou o deputado Arnaldo Jordy
(PPS-PA).
A ideia, com a renúncia coletiva, é abrir novo processo de escolha do
presidente da comissão e forçar o afastamento de Feliciano, eleito para o cargo
no início do mês. Acusado de posições racistas e homofóbicas, o pastor tem sido
alvo de uma onda de protesto de movimentos sociais e de artistas contra sua
permanência no cargo. A representação no Conselho de Ética será protocolada na
próxima terça-feira. No mesmo dia, o colégio de líderes dos partidos na Câmara
fará uma última tentativa de convencer Feliciano a renunciar.
Apoiado por seu partido, o PSC e pela frente parlamentar evangélica,
Feliciano, todavia, já avisou que não renuncia “de jeito nenhum” e desafiou o
colégio de líderes a retirá-lo do cargo. Diante da intransigência do pastor, o
deputado informou que não há mais espaço para um acordo político que resolva a
questão. “Nós temos instrumentos para resolver o imbróglio. A situação é
insustentável, a ponto de o pastor mandar prender quem exerce o direito da
livre manifestação. Passou do limite do admissível”, afirmou Jordy.
Ele explicou que a renúncia de metade e mais um dos membros da comissão
forçaria uma nova composição do colegiado e uma nova eleição para a escolha do
presidente. Além da acusação de racismo e homofobia, o pastor, segundo o PPS,
precisa explicar denúncias de uso irregular de verbas de sua cota na Câmara.
Jordy alega que Feliciano paga com dinheiro público escritórios de advocacia,
em processos de interesse pessoal. O pastor nega a acusação.
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