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Ação de igrejas será apurada

Política

O POVO 

Ditadura militar 09/11/2012

Ação de igrejas será apurada

 

Ex-preso político, torturado e exilado durante a ditadura militar, Anivaldo Padilha, 72, pai do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, prestou um depoimento à Comissão Nacional da Verdade que desencadeou na criação de um grupo de trabalho para apurar a atuação das igrejas na ditadura (1964-85).

Depois de seu relato, Anivaldo apresentou à comissão livros que mostravam a viabilidade de se pesquisar o tema. A partir daí, foi criado o grupo de trabalho, informou o professor Leonildo Silveira Campos, da Universidade Metodista de São Paulo, que participará das investigações.

“A comissão até então não tinha percebido bem a relação entre as igrejas e a ditadura militar, até que ele apresentou seu depoimento. Começaram a perceber que tinha algo mais amplo. Havia gente das igrejas que faziam o jogo dos órgãos da repressão”, disse Leonildo. “O depoimento dele foi o elemento detonador do processo.”

Anivaldo foi preso em 1970, após ser delatado por um pastor e um bispo da Igreja Metodista que frequentava em São Paulo. Na época, ele dirigia o Departamento Nacional de Juventude e editava a uma revista da igreja, além de participar da Ação Popular, movimento da esquerda cristã.

Após ser preso e torturado, Anivaldo se exilou em 1972, e só voltou ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia. Havia deixado no país a mulher, grávida de Alexandre Padilha --hoje ministro da Saúde--, que só conheceu o pai aos oito anos de idade. (das agências)

 

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