FONTE: O
POVO
ARTIGO 12/08/2013
Inclusão
sociodigital - uma questão de política pública
Cláudio
Joventino
simplificacom@gmail.com
Assessor
de projetos e inovação do Idear
A popularização da internet no Brasil
é realidade inconteste. Segundo dados do IBGE, entre 2005 e 2011, os
internautas no País aumentaram 143,8%, enquanto a população, apenas 9,7%.
Investimentos privados e governamentais para expansão da internet gratuita,
como o Cidades Digitais e Telecentros.BR, do Ministério das Comunicações, e as
Estações Digitais, da Fundação Banco do Brasil, contribuíram para este
importante avanço.
Entretanto,
quando falamos em inclusão sociodigital, não podemos nos limitar à implantação
de pontos de acesso à internet. É preciso muito mais... são necessárias
políticas públicas que transformem estes locais em espaços de emancipação
humana, por meio da qualificação, apoio ao empreendedorismo e utilização da
internet como fonte de conhecimento e mobilização social.
Em Maracanaú, temos exemplo de
política pública transformadora: o programa de inclusão digital e qualificação
profissional em telecentros – SeLiga, do Governo Municipal executado pelo
Instituto para o Desenvolvimento Tecnológico e Social – Idear, desde 2008. Uma
política pública convertida em resultados: 58.362 pessoas atendidas em
oficinas, cursos online e acesso orientado à Internet, somente em 2012. O
SeLiga conta com 33 telecentros e 80 profissionais.
A informática e a internet como meios
para educação emancipadora e protagonismo social oferecem oportunidade para os
governos que querem mudar a realidade, com ótima relação entre investimento
humano/econômico e retorno social. Contudo, a efetividade das políticas é
obtida por meio da construção de uma rede de profissionais qualificados,
metodologias e ferramentas tecnológicas e de gestão que possam viabilizar o
processo, muito além da simples instalação de computadores e conectividade.
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