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O não pensar

fonte:  o povo

Jornal de Hoje

OPINIÃO



ARTIGO 02/08/2013
O não pensar

É incontestável o fato de que o exercício do pensar é doloroso. Por essa razão é que costumamos dizer: pensar dói. Daí ser comum ouvirmos: “eu não quero quebrar minha cabeça”, “eu não quero pensar”. Esse comportamento das pessoas em preferir aceitar as afirmações que lhes são dadas como se fossem verdadeiras, sem colocá-las em dúvida, sem perceber que essa sociedade, de desigualdade e injustiça, se apoia, justamente, no império da mentira, é o mais comum.
Para que possamos nos libertar dos grilhões de uma sociedade que só favorece uma ínfima minoria, para construirmos uma nova sociedade de igualdade, justiça e paz, é necessário desmontar as mentiras que nos cercam e, para tanto, devemos cultivar a capacidade de pensar, exercitando a dúvida 
e o questionamento.


Observa-se, nas diversas práticas religiosas, o exercício do não pensar. Vemos, nos seguidores do Islã, como crianças e jovens se colocam diante das palavras “santas”, repetindo-as exaustivamente e procedendo, seguidamente, um movimento do corpo para frente e para trás, de forma mecânica robotizada. Esse é o exemplo claro do exercício do não pensar praticado pelo islamismo. Porém, quando observamos as práticas religiosas da Igreja Católica, vemos a repetição de gestos semelhantes, e a repetição incessante das mesmas palavras, das mesmas frases, das mesmas orações e isso é, sem dúvidas, o exercício do não pensar.


Nas igrejas evangélicas, nos seus mais diversos perfis, vemos um mesmo procedimento, acompanhado algumas vezes do exercício da histeria religiosa de fundo estritamente emocional.


Outro recurso usado pelas mais diversas igrejas é o uso da música e da louvação irrefletida. De tudo se faz para mexer com o sentimentos e as fragilidades das pessoas, levando-as a um estado de prostração. Ora, a salvação das cadeias do sistema capitalista exige um comportamento oposto. Em vez do não pensar, precisamos, como já dissemos, que se pratique o ato do pensar, pois só assim poderemos nos libertar da rede de mentiras que nos cerca.

Gilvan Rocha

gilvanrocha50@gmail.com
Presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos

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